Segundo especialista, a desidratação é um fator preocupante com a chegada da estação mais quente do ano.

O verão é a estação do ano mais esperada pela maioria das pessoas. Praia, piscina, esportes ao ar livre dentre outros são atividades muito desejadas nesta época. Porém, com o aumento da temperatura, alguns cuidados com a saúde devem ser redobrados. Principalmente, com as pessoas que são mais sensíveis a essas alterações. Os extremos de idade (crianças e idosos) são ainda mais vulneráveis.

A desidratação é um fator preocupante com a chegada da estação mais quente do ano. Segundo o médico clínico e responsável técnico da Vitalmed, Guilherme Lazzari, “reconhecer os sintomas de desidratação nos estágios iniciais é essencial para que o paciente melhore rapidamente e sem riscos. Dores de cabeça, boca seca e amarga e olhos poucos lacrimejantes podem ser indicativos do problema”.

O médico ainda alerta que, por conta do próprio metabolismo das pessoas na faixa da terceira idade, é natural que elas sintam menos sede, mas isso não quer dizer que os idosos necessitem de menos água para sobreviver. “Os idosos consomem mais produtos diuréticos, como os remédios para hipertensão. Isso contribui para uma perda efetiva de líquido no organismo, já que não é reposto igualmente”, esclarece. Outro fator preponderante é a dificuldade do controle da temperatura corporal. Muitos idosos acabam sentindo mais frio e se agasalhando mais. Com as altas temperaturas, eles suam e eliminam com maior facilidade água e sais minerais, contribuindo ainda mais com a desidratação. No verão baiano, por exemplo, é comum que as equipes da Vitalmed atendam pacientes com mais de 60 anos com quadros leves ou moderados de desidratação.

Além disso, a desidratação pode, rapidamente, atingir estágios mais críticos se não forem feitos os devidos cuidados nas fases iniciais. “A falta de água circulante no organismo pode, em casos mais intensos, dificultar o funcionamento dos rins causando um quadro chamado ‘oligúria’. Nestes casos, o rim não consegue filtrar o sangue de maneira adequada e há a produção de urina em pouca quantidade e muito concentrada. Em casos extremos, pode ocasionar quadros de insuficiência renal, desequilíbrio de eletrólitos como sódio e potássio, diminuição de nível de consciência. Isso, somados com as doenças já comuns presentes em idosos, pode agravar bastante o quadro geral de saúde, chegando até a ser fatal”, alerta Guilherme.

O ideal é que seja ingerido, em média, dois litros de líquido por dia. “Sucos, água de coco, chás e frutas também são importantes, aliados no combate à desidratação”, conclui.