Os prebióticos são elementos nutricionais que agem como fertilizantes e estimulam o crescimento de bactérias saudáveis no intestino. Eles estão presentes em muitas frutas e vegetais, especialmente aqueles que contêm carboidratos complexos, como fibras e amido. Segundo Mônica Dalmacio, mestre em nutrição pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), os compostos prebióticos são fibras nãodigeríveis que funcionam como alimento para as bactérias intestinais benéficas, isto é, os probióticos – o que ajuda a reorganizar a flora intestinal.

Os representantes mais conhecidos dos prebióticos são os frutooligosacarídeos (FOS) e a inulina. Apesar dos nomes difíceis, podem ser facilmente encontrados. Os FOS estão concentrados em alimentos de origem vegetal, como cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja. Já a inulina está presente principalmente na raiz da chicória, e também no alho, na cebola, no aspargo e na alcachofra.

Benefícios dos prebióticos
Os prebióticos colaboram para o bom funcionamento do sistema imunológico e, além disso, auxiliam nas funções intestinais, evitam a constipação e reduzem a absorção tanto de gorduras quanto de açúcares.

Sabia que estudos recentes demonstraram que a inulina tem a capacidade de aumentar a absorção de cálcio e de magnésio pelo organismo? Enquanto o cálcio é importante na prevenção de doenças ósseas, como a osteoporose, o magnésio, por sua vez, atua diretamente na contração muscular.

Contudo, pessoas com problemas intestinais devem evitar exageros, pois o consumo exacerbado de fibras pode resultar em diarreia ou flatulência.

Listamos alguns dos principais alimentos que contém prebióticos:

  • Legumes;
  • Feijões (feijão carioca, feijão preto, ervilha, lentilha, grão-de-bico);
  • Aveia (na versão sem glúten);
  • Banana;
  • Frutas;
  • Aspargo;
  • Dente-de-leão;
  • Alho;
  • Alho-poró;
  • Cebola.

Vitalmed explica
Embora os prebióticos sejam considerados fibras, nem todas as fibras podem ser consideradas prebióticos. Isso ocorre porque há critérios biológicos, químicos e físicos que definem essa classificação.

Entre eles, estão: a capacidade de resistência em contato com a acidez gástrica; a fermentação via microflora intestinal; e se estimula o crescimento de bactérias intestinais potencialmente associadas com a saúde dos hospedeiros.